Para algumas pessoas, corrigir e humilhar são sinônimos.

Para algumas pessoas, corrigir e humilhar são sinônimos.

Para algumas pessoas, corrigir e humilhar são sinônimos.

Ivonete Rosa –  15 de dezembro de 2017 
desperate-2040598_1280

[kiwi-social-bar id=”168″]

Acredito que muitas pessoas tenham tido a experiência embaraçosa de serem corrigidas na frente de outras, sentindo-se profundamente humilhadas por isso. Sabemos que ser corrigida faz parte da vida de qualquer pessoa, nascemos sob os cuidados de outras pessoas, no geral, os nossos pais e nossa família nuclear.

Então, desde os nossos primeiros dias de vida, somos submetidos aos ensinamentos dos nossos cuidadores, esse processo requer muita paciência e repetição, erros e acertos, obviamente, somos, quase o tempo todo corrigidos até que estejamos aptos naquilo que nos é ensinado. Até aí, nenhuma novidade.

A vida segue e somos inseridos em outros grupos de convivência, por exemplo, a escola. Lá também seremos expostos às experiências de aprender, errar e ser corrigido pela professora. Enfim, esse processo nos acompanhará por toda a nossa vida, afinal, sempre estaremos aprendendo algo novo, logo,  sempre teremos alguém nos ensinando algo e o corrigir vem no pacote da aprendizagem, uma vez que errar faz parte do processo.

O que quero tratar neste texto não é o corrigir em si, e sim, a intenção que antecede a correção. Há uma linha tênue entre o corrigir e o constranger.

Há muita maldade maquiada de gentileza e solidariedade, sabemos disso. Entretanto há casos em que, a pessoa que corrige a outra, está tão mal intencionada que essa peçonha salta aos olhos. Aquela coisa: a pessoa pode até fingir, mas a sua energia sempre entrega a intenção real dela. Não é questão de falta de humildade em ser corrigido por alguém, a questão é que determinadas pessoas nunca perdem a oportunidade de ensinar ou corrigir outra pessoa sem expô-la ao ridículo e fazendo-a sentir-se diminuída, especialmente perante outras pessoas.

Há casos, inclusive, em que o erro do outro não traria prejuízo para ninguém, e poderia perfeitamente passar desapercebido, mas há sempre um infeliz para jogá-lo ao vento e causar aquele constrangimento.  As pessoas com esse perfil opressor  percebem na falha do outro uma oportunidade de autopromoção.  Ela poderia, perfeitamente, ao identificar um erro de outra pessoa, apontar-lhe o erro de modo gentil e empático, e tentar ajudá-la, porém, ela aproveita essa oportunidade para humilhá-la e mostrar-se  superior.

Ah, não pensem que essas pessoas usam sempre uma postura arrogante nesses momentos, pelo contrário, algumas são super sutis, usam um tom de voz suave e fingem uma educação impecável. Entretanto, a pessoa corrigida consegue discernir a intenção  dela.  Ela sente que foi exposta e humilhada. Independente do nível intelectual da vítima, ela perceberá e interpretará tudo, é algo energético, sabe? Ninguém precisa ser “letrado” para identificar o sentimento de sentir-se ofendido, isso é inato, está no DNA humano.

Porém, algumas pessoas pensam que enganam com suas atitudes, com seus “tapas com luvas de pelica”. É certo que existem muitas pessoas com sérios bloqueios de aprendizagem oriundos de situações de humilhação. Conheço caso de pessoas que desistiram de estudar por vergonha de interagir nas aulas, pois nas poucas vezes em que fizeram perguntas ao professor, este as humilharam. Se todas as correções fossem, de fato, motivadas pelo amor ou pela ética, muitos dos traumas que as pessoas carregam teriam sido evitados.

[kiwi-social-bar id=”168″]

TEMAS

Posts Recentes
Comments
  • Vania dias
    Responder

    Adorei o texto informativo sobre sociopatia

Deixe um Comentário