O mal do “esperto” é subestimar a lei do retorno.
O mal do “esperto” é subestimar a lei do retorno.
Ivonete Rosa
Existem muitos avarentos disfarçados de empreendedores. Há também aqueles que querem formar uma parceria contribuindo com nada ou com bem menos do que seria justo. Essas pessoas não percebem que cavam a própria cova. Não se dão conta de que, no final, o tiro acaba saindo pela culatra. São seres que se percebem como espertos demais, parece que nunca ouviram falar da lei da semeadura.
Recentemente, estive por 15 dias, hospedada num hotel em João Pessoa. A estrutura do ambiente era bacana, contudo, a internet era de péssima qualidade. Eu dependo de uma internet razoável para trabalhar no meu blog. Então, tive vários aborrecimentos. O trabalho, que na minha casa eu fazia em 5 minutos, lá, quando eu conseguia fazer, levava mais de 40 minutos. Isso porque eu saía do quarto e ía à recepção, onde o sinal era melhor um pouco.
Procurei o gerente do hotel e expliquei a minha situação. Ele me respondeu que a internet estava ruim porque o hotel estava cheio por ser alta estação. Oras, por que não instala uma internet de qualidade, considerando que muitos hóspedes podem precisar dela para trabalhar, ou mesmo para usar da forma como lhes convierem? Será que esse investimento é tão alto assim para um empresário desse ramo?
Consequência: Não voltaria mais a me hospedar naquele hotel, tampouco o indicaria a alguém que utiliza a internet como ferramenta de trabalho. Se eu tivesse ficado satisfeita, eu faria propaganda para todos os meus amigos e até publicaria nas minhas redes sociais. Percebe que esse tipo de economia não compensa? Pelas reclamações que ouvi de outros hóspedes, a insatisfação foi geral.
Agora, um exemplo de falta de empatia, que nesse contexto, fica bem próximo da má fé, praticamente sinônimos: sou colunista em vários blogs. Cheguei a publicar em sete ao mesmo tempo, mas, saí de dois. Motivo? Falta de afinidade com a política adotada por eles. Um publicava os meus textos colocando o meu nome lá no finalzinho de tudo, depois de vários anúncios e ainda colocava “via Ivonete Rosa”, dando a entender que eu apenas enviei o texto, não afirmando a minha autoria. Questionei o editor sobre o porquê daquilo e tive como resposta que era porque eu era uma colunista iniciante. O que fiz? Dei até logo!
Outro site publicava os textos com o nome do autor escrito numa fonte bem clarinha, acho que eu só via o meu nome porque eu procurava. Sugeri ao dono que melhorasse a visibilidade do nome do autor, ele me disse que não tinha como modificar a fonte, era o “sistema”. Para minha surpresa, o meu blog tem a mesma ferramenta que ele utiliza e me dei conta de que, se eu quiser, posso colocar o nome do autor do tamanho do título e da cor que eu quiser. Fiquei com a impressão de que ele queria apenas o meu texto, tendo a clara intenção de me esconder dos leitores ou outros blogs, sei lá. Optei por sair.
Eu teria permanecido nos outros dois blogs se eles tivessem uma política de consideração com quem colabora com eles. Acontece que eu estava sentindo um desconforto muito grande. Moral da história: alguns blogs querem tanto esconder os autores dos textos que eles publicam que acabam ficando sem eles.
Não é frescura minha, ocorre que a escrita é um dos meus sagrados, escrevo por amor e não quero sentir nenhum mal estar envolvendo essa paixão. Se a energia é ruim eu não fico, me dou a esse luxo. Certamente, nem todos os escritores se incomodam com o que relatei aqui, ou talvez se incomodam mas não se manifestam, enfim, viva a liberdade de cada um. Acredito que todo mundo gosta de ser valorizado e acolhido, inclusive nos ambientes virtuais.
Por fim, fiquei publicando em cinco blogs, dos quais, três são os meus favoritos. Motivo: eles valorizam os colunistas, facilitando a visualização do perfil do autor e até da sua página, caso ele tenha.
No meu blog, que é novo, eu procuro me espelhar nos blogs que admiro, pois quero trabalhar com gente feliz e motivada. Desejo que meus colunistas se orgulhem de fazer parte da minha equipe. Eu quero fazer o meu melhor por eles. A vida é feita de troca, é via de mão dupla, e quando reconhecemos que numa parceria um precisa do outro, tudo flui sem embaraços.
Carinho, atenção, respeito, consideração e empatia são perfeitamente palpáveis nos ambientes virtuais também, engana-se quem pensa o contrário. Então, opto por vincular os meus textos aos espaços que despertam o meu afeto, o meu respeito, a minha motivação e, principalmente, a minha gratidão. Nesses lugares, eu quero mesmo é criar raiz e ofertar o meu melhor.
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