Rir de si mesmo é algo muito sério…e terapêutico.
Rir de si mesmo é algo muito sério…e terapêutico.
Por Ivonete Rosa – [insert_php]echo get_the_date(‘d F Y’);[/insert_php]
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Da mesma forma que somos lembrados sobre os benefícios da atividade física e alimentação saudável, precisamos, com urgência, de lembretes sobre o quanto faz bem à nossa saúde ignorar, ou enxergar de outra forma, alguns aborrecimentos corriqueiros.
Somos advertidos sobre os malefícios das frituras e dos refrigerantes, mas nem todos temos consciência do quão nocivos são alguns hábitos, por exemplo, viver reclamando. A maioria das pessoas sabem de cor e salteado dos benefícios da água para o nosso organismo, mas, poucas são as que conhecem sobre o poder terapêutico de rirem de si mesmas. Parece bobagem, mas isso é muito sério, precisamos treinar a nossa capacidade de driblar os aborrecimentos para que tenhamos o mínimo de tranquilidade nessa vida.
Acredito que muitas pessoas são agarradas a determinados padrões de comportamentos prejudiciais por uma questão de ignorância. Elas desconhecem a possibilidade de serem diferentes, até por terem recebido essa bagagem de suas famílias nucleares e as perceberem como uma sentença irrevogável. Nem todos têm a capacidade de questionar aquilo que recebem como transmissão de hábitos, valores etc. Eles simplesmente “engolem” e passam a vida apenas reproduzindo a síndrome da Gabriela do Jorge Amado: “Eu nasci assim, eu cresci assim, vou ser sempre assim!”
Felizes são as pessoas que repensam a própria maneira de viver, buscando, sempre, uma forma de evoluir e quebrar os cadeados emocionais que lhes foram entregues pela família, núcleos sociais etc. São indivíduos que assumem uma nova postura perante à vida e que se empenham no autoconhecimento. Dessa forma, identificam as suas potencialidades, independente da idade cronológica que possuem e mergulham nelas.
Elas reaprendem a lidar com as próprias limitações e deixam de se sentir diminuídas por possuí-las. Essas pessoas descobrem a senha de acesso à libertação de perceber que cada indivíduo é dotado de potencialidades e limitações. Como canta Caetano Veloso: cada um sabe a dor e a delícia de ser quem é.
Assim como o exercício físico, o treino visando buscar um novo olhar sobre os acontecimentos deve ser praticado com regularidade. De um lado, estaremos ganhando massa muscular e ossos fortes, nas academias e parques. Do outro lado, estaremos ganhando equilíbrio e flexibilidade, tornando-nos atletas incansáveis na arte de driblar os revezes da vida, aprendendo a selecionar o que vale o nosso barulho, o que devemos contornar em silêncio, e o que devemos apenas ignorar.
Imagem de capa: Pixabay
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