Antes de buscar um novo amor, aprenda a se amar
Antes de buscar um novo amor, aprenda a se amar
Quero falar sobre algo que ouço desde criança: “esse é o meu destino”. No âmbito dos relacionamentos, tenho percebido pessoas que estão sempre andando em círculos e, muitas se queixam comigo, externando uma frustração diante de algo que sempre se repete.
As sucessivas frustrações amorosas não são um destino. Percebo que algumas pessoas têm um verdadeiro pavor em ficar sozinhas, diante disso, elas se sujeitam a qualquer relacionamento para terem o status de “relacionamento sério”, e, salvo engano, em tempos de redes sociais, esse desespero parece mais evidente.
Muitas pessoas saem de uma relação abusiva e, ainda destroçadas emocionalmente, partem em busca de outro parceiro. Fugindo de um confronto íntimo, mergulham de cara na primeira oportunidade que aparece. Elas não se permitem viver o luto da ruptura, tampouco se permitem uma auto-análise. Ter alguém de novo em suas vidas acaba tornando uma questão urgente, ainda que o novo candidato não tenha nada a lhe oferecer, e o que é pior, evidenciando total incompatibilidade.
Tudo vai se repetindo, por estar tão fragilizada, a pessoa não exige nenhum critério para se envolver. A questão é ter alguém para se sentir acompanhada, ainda que seja uma fonte geradora de estresse e desgaste. E, a cada ruptura, sua imunidade emocional vai se esvaindo até chegar num ponto em que ela perde, por completo, o seu poder de discernir entre o que pode ou não ser tolerado numa relação.
Isso só vai mudar quando a pessoa decidir buscar ajuda psicológica para lidar com as questões que a empurram para esse comportamento. Quem que está mal consigo mesmo não vai atrair alguém que agregue. Alguém que não se aceita e, que acredita que só tem valor se tiver uma companhia, acaba atraindo parceiros tóxicos que acabam validando esse sentimento de menos valia, é como um ímã.
Quem se comporta assim precisa de ajuda, não de julgamento, entendo. Só quero alertar para que, se for o seu caso, busque ajuda. Relacionamentos infelizes não são destino, são escolhas que as pessoas fazem por não acreditarem que merecem ser felizes.