Antes de desistir, ela ofereceu a sua melhor versão

Antes de desistir, ela ofereceu a sua melhor versão
Ela sabe que fez tudo o que esteve ao alcance para que eles se ajeitassem. Ela foi entrega; foi verdade; foi esforço. Ela foi euforia; foi paixão; foi riso. Ela foi afeto; foi alvoroço; foi loucura. Ela foi desejo desmedido e, intensidade sem freio.
Ela nunca mediu esforços para aquele amor. Não media esforços para matar a saudade; para amenizar a distância; para ser transparência; para amar com urgência. Perfeita, ela nunca foi, mas, verdade seja dita, por aquele homem, ela se desdobrava para entregar o melhor de si.
Ao que parece, ele não se viu merecedor daquele presente em forma de mulher. Ela estava ali, inteira como nunca esteve antes, decidida, entregue, com brilho nos olhos, e sorrindo pelos poros. Talvez, um dia, no futuro, ele reconheça que um amor real lhe agarrou pelo braço, mas, ele não se deu conta porque estava buscando detalhes ínfimos para destruir aquele tesouro. Ele terá a consciência de que sabotou a própria felicidade.
Foi amor de verdade; encanto recíproco. Foi reencontro de almas; lembranças para a eternidade. Ninguém nesse Universo experimentou a magia daqueles abraços. Nenhum casal sorriu como eles sorriram. Eles se pertenciam, isso ficou claro no primeiro abraço e, foi se confirmando em cada beijo, em cada olhar, em cada toque, em cada entrega, em cada respiração, em cada sussurro, em cada amanhecer juntos, entrelaçados.
Por que acabou? Acho que faltou maturidade; tem gente que não consegue lidar com um amor de verdade, porque se acostumou com amor de metade. O moço, ao invés de manter a leveza do início, cismou de querer travar o riso da moça. Passou a se incomodar com a essência dela, justamente a essência que o encantou lá atrás.
Ela desistiu porque se deu conta de que estava se perdendo para se encaixar num espaço onde não era possível ser plena… ser leve. Não foi por falta de amor, foi pela preservação do direito de ser ela mesma, esse direito ela não negocia por nada, nem ninguém.