Nossas digitais ficam tatuadas nas vidas que tocamos
Nossas digitais ficam tatuadas nas vidas que tocamos
Nunca teremos a real dimensão das marcas que deixamos nas vidas que tocamos com as nossas palavras, com o nosso exemplo, com o nosso olhar. Nunca saberemos se aquela frase áspera que dissemos a alguém num momento de irritabilidade tenha deixado sequela naquela vida.
É fato: carregamos digitais boas e ruins que deixaram em nós, assim como tatuamos outras vidas também.
Talvez tenhamos feito a diferença na vida daquele jovem desanimado que tinha largado os estudos, quando falamos a ele que ainda era possível recomeçar e construir o futuro que ele desejasse.
Somos anjos na vida de alguém quando escutamos com empatia e sem julgamentos.
São tantas vidas que cruzam o nosso caminho. Vidas que deixam um pouco de si e levam um pouco de nós, nas palavras de Antoine de Saint- Exupéry.
Acontece de lembrarmos de algumas pessoas, e, imediatamente, a nossa alma sorrir. São aquelas pessoas que nos ofertaram algo muito especial, algo que as lentes da nossa gratidão registraram para sempre. Um abraço, um sorriso, um conselho, um favor, uma palavra de empatia…não importa o que seja, mas foi um tesouro para nós.
Existem, também, aquelas pessoas que deixaram em nós, uma tatuagem que lutamos para apagar. Lembrar dessas pessoas é o suficiente para entristecer o nosso semblante. Certamente, nem todas elas terão a consciência do estrago que fizeram na vida de alguém, afinal, já afirma o ditado popular: “quem bate esquece”.
Se fosse possível tirar uma radiografia da nossa alma, lá estariam registradas um monte de “digitais”, boas e ruins. Estariam tatuados os abraços curadores, as frases que motivaram, os olhares acolhedores, os sorrisos encorajadores e os perdões liberados e recebidos. Seriam encontrados, também, as digitais dos tatuadores perversos.
Eu quero convidá-lo(a) para sermos tatuadores do bem. Vamos tatuar as vidas que cruzarem o nosso caminho com uma marca bonita.
Sejamos o motivo da gratidão de alguém, sejamos a razão do riso e da motivação. Em último caso, se não tivermos palavras edificantes, que ofertemos o nosso silêncio respeitoso.