A rotina é um tesouro. Muitos percebem tarde demais
A rotina é um tesouro. Muitos percebem tarde demais
Você já ouviu ou pronunciou a frase “eu era tão feliz e não sabia”! No contexto dos relacionamentos amorosos, há a ideia de que o amor que compensa é aquele intenso, que dá frio na barriga. Isso é maravilhoso, mas são sintomas comuns nas fases iniciais dos vínculos, que se abrandam com a convivência.
Muitos terminam a relação porque sentem falta dos sintomas iniciais da paixão que, de fato, são viciantes. Muitos não se dão conta de que aqueles sintomas foram substituídos por outros imprescindíveis para que duas pessoas convivam bem: a amizade, a liberdade de se mostrar sem formalidades…a espontaneidade.
Muitos se separam acreditando que a relação ficou monótona, daí, quando se percebem distante daquele convívio, se dão conta de que, o tempo todo, o amor esteve presente, mas não era percebido.
O amor é brisa, o oposto da paixão que é vendaval. Distante do parceiro, vai se dar conta de que o amor era aquele aconchego gostoso enquanto assistiam a um filme num domingo à tarde, dentro do pijama. O amor se escondia nos risos e bagunças das crianças pela casa. O amor se disfarçava de bolo e café com leite, na mesa da cozinha. A roupa predileta do amor é a simplicidade.
De longe, com o coração estraçalhado, vai perceber que amor estava escondido naquela ida da família ao supermercado; que se misturava às bagagens da viagem que aconteceu após 5 anos de crise financeira. O amor era o principal tempero do almoço de domingo. O amor era aquela rotina de chegar em casa e ser recebido pelo cachorro eufórico, enquanto uma criança fazia o dever de casa na escrivaninha da copa. Tudo aquilo era amor, tudo aquilo era um tesouro.
Preste atenção ao seu relacionamento, se disponha a perceber as riquezas dele. Exercite a gratidão pelo seu parceiro, família e rotina de vocês. Não espere perder tudo isso para valorizar. E lembre-se, toda novidade, com o passar do tempo vira rotina, e toda rotina tem a sua beleza.
Foto: Pixabay