Decisões baseadas em carência custam caro demais

Decisões baseadas em carência custam caro demais

Racionalmente, você entendeu que tinha que manter distância da pessoa. Você tinha clareza de que, além de não ser a pessoa certa para você, ele(a) ainda tinha grande responsabilidade pelo caos que você enfrentava em sua vida.

Por todos os lados, choviam conselhos e orientações de vindas de pessoas que, de fato, queriam o seu bem. Estava tudo indo bem, você estava decidido(a) a dar um basta naquele vínculo que tanto te machucou.

Você vivenciou aquelas oscilações de sentimentos: um dia você estava seguro(a) de si, centrado(a) em sua decisão de manter distância da pessoa. Num outro momento, você se percebia vulnerável, morrendo de saudades e recorrendo às lembranças das migalhas que recebia lá no início do relacionamento para se convencer de que a pessoa merecia uma nova chance.

Era como se houvesse duas pessoas brigando dentro da sua mente. Uma que dizia para você seguir sua vida sem o(a) ex e outra que implorava para que você voltasse para ele(a). Num desses momentos, a saudade argumentou mais forte e lá foi você enviar aquela bendita mensagem. Pronto, todo o seu esforço de meses havia ido por água a baixo.

Movido(a) pela carência, você tomou essa decisão. O coração sorriu por alguns instantes, mas não demorou nada para todos os problemas antigos se manifestarem. Você se arrependeu, mas agora percebe-se sem forças para dar um basta novamente. É como furar uma dieta rígida após algum tempo, você simplesmente pensa: vou ter que me contentar com esse sobrepeso mesmo, eu não consigo emagrecer.

Sabe por que você teve aquela recaída? Pelo simples fato de você não se enxergar merecedor(a) de alguém que, de fato, seja bom para você. Você olha o seu futuro e enxerga um muro na frente, impedindo toda e qualquer possibilidade de ser feliz. A sua autoestima está tão debilitada que te leva a se conformar com migalhas, pior ainda, se conformar em ser maltratado(a).

De coração, eu espero que você encontre forças para se resgatar. Agora é começar do zero, mas vale o esforço.

Imagem de capa: Pixabay