Mulher, pare de remoer o seu passado
Mulher, pare de remoer o seu passado
Moça, eu sei que você anda remoendo o seu passado. Você se condena pelas escolhas que, hoje considera indignas, e de fato, foram. Deixa eu te falar uma coisa: se você consegue se incomodar com aquelas escolhas, isso significa que você evoluiu. Hoje, a sua consciência é outra, a sua expansão é nítida.
Pior seria se você continuasse com aquele mesmo senso de merecimento, entende? Orgulhe-se da sua jornada, isso inclui ter empatia e compaixão por aquelas versões suas do passado. Elas contribuíram para a sua evolução, pois foram elas que sentiram na pele tudo o que a sua versão de hoje não aceita. Elas foram uma espécie de laboratório que testou, descartou ou aprovou o que uma mulher deve aceitar, sobretudo, no âmbito dos relacionamentos amorosos.
Faça as pazes com o seu passado. Sei que não é possível esquecer, mas é possível perceber o que passou de uma outra forma. A vida te convida a se expandir, a evoluir e a ocupar um espaço gratificante, digno da sua imensidão. Contudo, cada vez que você olha para trás e se condena, você fica paralisada, a vida não flui como deveria. Escolha romper. Decida seguir com os cacos que restaram, caso você tenha sido triturada lá atrás. Sabe, se você ficou viva, é porque a vida espera de você e, certamente, ela tem muito para te surpreender. Permita-se! Tudo bem ter a alma de mosaico, cheia de cicatrizes, talvez a sua beleza esteja nisso, em não esconder os seus remendos.
Eu sei da raiva e da vergonha que sente ao se lembrar das migalhas que você considerou banquete, no passado. Sei também, que algumas escolhas infelizes foram recentes, quando você acreditou que já estava curada. Pois é, o passado voltou com uma roupa diferente, né? Contudo, pouco importa se esse passado foi ontem, ele ficou para trás. Moça, se tiver que visitar o passado, que seja para aprender sobre o que não repetir; nunca para se punir.
Daqui para frente, faça um pacto de fidelidade consigo mesma, de se amar, se respeitar, e de nunca se espremer para caber nos caixotes espremidos dos outros. Honre as suas asas que estão nascendo após tantos desmoronamentos. Esqueça a ideia de ser metade de alguém, você já é inteira. Esteja, sim, aberta ao amor, mas nunca abandone o amor por si mesma, é ele que te impede de se enfiar nos porões da vida de alguém, e achar que isso é ostentação.
Preste atenção no que eu te falo: está tudo bem, todos nós colecionamos decepções, mas não é justo permitir que elas norteiem o nosso futuro. Faça por si, a partir de hoje, tudo o que ofereceu sem reciprocidade. Faça escolhas alinhadas com a sua essência, aprenda a morar em si mesma. Ornamente a sua casa interior, faça dela um espaço bem aconchegante e amoroso. Seja o seu próprio lar para não ter que morar de favor na vida dos outros.