A manutenção é mais barata do que a reconstrução

 In Comportamento, Reflexão/Espiritualidade
Texto de Ivonete Rosa

A manutenção é mais barata do que a reconstrução

Hoje, me veio à mente as situações que vamos empurrando com a barriga até chegar num ponto insustentável. Exemplo?  Aquela ida ao médico que a pessoa evita, mesmo quando o corpo sinaliza que algo não vai bem, até que uma doença grave se manifesta obrigando o sujeito a ficar internado numa UTI, na melhor das hipóteses, pois nem sempre dá tempo de socorrer. Então, há casos em que uma prevenção teria evitado o diagnóstico ou a morte.

Aquela reeducação alimentar que a pessoa precisa fazer, por prescrição médica, mas negligencia. Chega num ponto em que o organismo não aguenta mais, e ela terá que abrir mão de quase tudo o que ela comia. Nessa hora, ela vai obedecer, já não é mais possível fazer vista grossa às recomendações médicas. É uma questão de sobrevivência. Se ela tivesse obedecido desde o primeiro alerta, possivelmente, estaria tranquila. Mas, brincou com coisa séria.

Quando negligenciamos a manutenção, teremos que nos desdobrar na reconstrução, isso quando é possível. Diante da possibilidade de reconstruir, tudo acaba saindo mais caro e desgastante. Nos contextos em que a reconstrução é descartada, resta-nos a frustração da perda irreversível.

As negligências nas manutenções acontecem em quase tudo que podemos imaginar. No carro, na casa, na conta bancária, na saúde, na atenção aos filhos, nas amizades…no casamento. Como Bombeira, conheço o lema: o incêndio ocorre quando a prevenção falha.

Nos relacionamentos, quem não cuida, quem não se importa, quem não valoriza o parceiro está assumindo o risco de ficar sem ele. Chega uma hora em que a estrutura vai ruir e, talvez, nada mais poderá ser feito. Os descasos, os “tanto faz,” e a indiferença são as intempéries das relações. Eles acabam deteriorando a beleza do vínculo. São ferrugens que minam o encantamento, a confiança…o respeito.

É uma questão de inteligência e economia, é mais barato cuidar daquilo que conquistamos, do que consertar os estragos. Porque depois que o leite derramar, já era. É melhor não pagar para ver certas. As pessoas espertas aprendem com os erros alheios, elas não esperam acontecer com elas.

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