Seu coração quer, mas o psicológico não suporta mais
Seu coração quer, mas o psicológico não suporta mais
Pode ser que você se encontre assim: de um lado, o seu coração quer manter esse relacionamento, mas por outro lado, o seu psicológico já não suporta mais.
Acontece de ocorrer esse conflito, essa indecisão sobre ir ou ficar. A emoção lhe abre um baú de memórias lindas e as projeções que vocês dois fizeram de envelhecerem juntinhos, de viajarem. Até os nomes dos gatos e cachorros que vocês teriam no futuro, existem. Como abrir mão disso tudo? Como lidar com o buraco que vai ficar na alma, no caso de uma ruptura?
Em contrapartida, a razão lhe mostra um estado psicológico saturado por brigarem pelos mesmos motivos. E você já entendeu que isso não vai mudar, pior ainda, a situação só piora com o passar do tempo. Vocês andam em círculos, não se trata de divergirem por questões novas que surgem, nada disso. São as mesmas picuinhas de sempre.
Ciúmes, possessividade, cobranças baseadas em paranoias, necessidade de controle, insegurança, contatinhos, desconfianças, mágoas atuais e do passado mal elaboradas, acúmulos de crises que nunca foram resolvidas porque preferiam fazer vista grossa e tentar resolver tudo na cama. Esse é o pacote que muitos casais têm em mãos, nesse exato momento. Você está exausto(a), né? Já perdeu o fio da meada, faz tempo.
No fundo, quem está passando por isso, sabe o que fazer. Ela já chegou até aqui na expectativa de que fosse ocorrer uma mudança na relação. Na verdade, parte das frustrações dela se baseia na percepção que a mudança não vai acontecer. Essa bagunça que a relação apresenta é o que tem pra hoje, pra amanhã e para o futuro, caso decidam empurrar com a barriga.
Há dois caminhos: romper e sangrar horrores agora, e se curar em seguida. Ou continuar nessa gangorra: um dia felizes x cinco dias se odiando. Na primeira opção, você sofre no atacado, e se recupera. Na segunda opção, você vai morrendo por dentro, às prestações.
Imagem de capa: Pixabay – Insta da autora: @ivoneterosa.escritora