Diante da sua insegurança, diga a si mesmo(a) o que diria a uma criança assustada.
Diante da sua insegurança, diga a si mesmo(a) o que diria a uma criança assustada.
Ivonete Rosa – 25 de dezembro de 2017
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Querido(a) leitor(a), esse texto é dedicado aos pequenos desafios que você tem enfrentado para superar aquela limitação ou dificuldade que tanto afeta a sua auto confiança. Eu disse pequenos desafios, no sentido de compará-los ao que talvez as pessoas que te cercam esperam de você, ou mesmo ao quanto você se cobra. Entretanto, são passos de grande magnitude se comparados à grandeza do que isso simboliza em termos de enfrentamento dessa dificuldade. O que quero, na verdade, é que você mude a forma como percebe as suas ações. Por gentileza, não menospreze o seu esforço diante do enfrentamento de uma dificuldade.
Não sei ao certo o que você considera como a sua “pedra no sapato”, pode ser o medo de falar em público, ou o pânico de pegar um carro e dirigir mesmo sendo habilitado(a), quem sabe seja a necessidade de emagrecer, etc. Não importa o que seja, importa é que você precisa comemorar qualquer atitude que fizer em prol da superação desse desafio. Sabe, o mundo em que vivemos já é competitivo por demais e a tolerância tem se tornado uma moeda cada vez mais escassa.
Diante disso, precisamos trabalhar a nossa paciência diante das nossas próprias dificuldades. Por exemplo, se você é habilitado e tem medo de dirigir, eu gostaria que você festejasse a cada vez que você se dispusesse a enfrentar essa limitação. É simples: se você pegou o seu carro e foi até a esquina, você já está de parabéns, pouco importa se o carro apagou várias vezes, ou se o seu desempenho não foi como você esperava.
Importa é que você foi valente o suficiente para dar um passo, passo esse que vai fazer a diferença no seu processo de superação.
Ainda que tenha ficado com muito medo, não se sinta fracassado(a), sinta-se um(a) corajoso(a). Entenda que a cada vez que você enfrentar essa situação, você estará se fortalecendo diante dela, é como encher um copo com água, gota a gota. Sabe o que possivelmente pode estar te atrapalhando demais? Essa mania que você tem de se cobrar perfeição, essa mania cruel que você tem de se comparar aos outros. Basta que você entenda uma coisa: o outro possui habilidades que você não tem, mas você também possui habilidades que o outro não tem.
Ocorre que você fica sempre focado(a) nas habilidades alheias, enquanto menospreza as suas habilidades e aptidões. Tenha compaixão por suas fraquezas, e acolha-as como você acolheria uma pessoa muito querida ou mesmo uma criança que você ama muito. Se você presenciar uma criança aprendendo a andar de bicicleta e ela cair algumas vezes e vier chorando em sua direção dizendo que vai desistir de aprender a pedalar, que não dá conta e tal, como você se comportaria com essa criança?
Provavelmente, você se agacharia até a altura dessa criança, a olharia nos olhos, enxugaria as lágrimas dela e diria frases motivadoras e acolhedoras como: “você vai dar conta, sim.”…”Isso é normal, cada um tem um ritmo para aprender.”…”Vamos tomar um banho,descansar e mais tarde, você tenta novamente”…”Você vai aprender, sim, eu tenho certeza”. Estou certa? Então, por que você não fala essas frases para você mesmo(a) diante de uma dificuldade? Pouco importa se o mundo inteiro está te achando um desastre ou um caso perdido, importa é que você não pensa isso a seu respeito.
Seria tão mais fácil se você não ficasse focado(a) na perfeição e conseguisse enxergar a beleza de cada passo que você dá ao enfrentar essa dificuldade. Eu vi essa beleza materializada no dia 10 de setembro de 2017. Minha amiga, Glaciele Gerônimo, que é habilitada e tem muito medo de dirigir, chegou em minha casa dirigindo o carro dela. Aquilo me emocionou muito, pois havíamos combinado de irmos ao parque fazer um caminhada, então imaginei que o marido dela a trouxesse até minha casa, como aconteceram algumas vezes.
Daí, no horário combinado, chegou uma mensagem no meu celular: “Amiga, estou aqui embaixo”…desci ao encontro dela e a avistei em frente ao portão do meu prédio na condição de condutora do próprio carro. Meu coração sorriu diante do privilégio de assistir, num fim de tarde de domingo, um espetáculo chamado resiliência.
Imagem de capa: Pixabay
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